O auditório do Juvenal Miller sediou, na tarde de ontem, a palestra Geografia da Religião, ministrada pelo professor do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), dr. Sylvio Fausto Gil Filho.
A palestra abordou questões relacionadas à diversidade religiosa como um registro da dinâmica e evolução das expressões e manifestações culturais e sociais do mundo contemporâneo.
O palestrante afirmou que a religião afeta o processo cultural e que ela é parte da civilização da humanidade. “Através das crenças, as pessoas passaram a distinguir o certo do errado, no entanto, ela não pode ser vista como uma verdade absoluta, precisa ser contextualizada”, afirmou o professor. Segundo ele, o homem religioso enxerga o mundo pelas perspectivas da sua religião, e o homem que não é religioso é abalado por acontecimentos e datas comemorativas. Sylvio também constatou que houve um tempo em que se acreditou que a religião iria desaparecer, como acontece em uma luta de classes, no entanto, a religião está na mídia o tempo todo, tanto nos conflitos, quanto nas menções de paz.
Hoje, a religião não se restringe a uma modalidade social, de acordo com o estudioso, as ciências da religião são uma variável importante na compreensão da sociedade, capaz de modificar o cotidiano. O conhecimento religioso, conforme Sylvio, estrutura o espaço geográfico e modifica o comportamento humano pelo mundo. Isso acontece porque a religião tem o poder de classificar o que é e o que não é sagrado, dando um sentido existencial às pessoas. Além da religião, a ciência, a arte, o mito e a linguagem também são partes estruturais do mundo, mais do que fatos propriamente ditos, de acordo com o palestrante.
A religião no Brasil
O pesquisador constatou que, na maioria das vezes, quem procura alguma religião está passando por alguma dificuldade, e, nesse sentido, ele disse que qualquer religião que promete a cura pode ser bem-sucedida no Brasil. Em função desse tipo de crença e também pela imigração diversificada que aconteceu no Brasil, Sylvio afirmou que há uma pluralidade religiosa no País, “o Brasil nunca foi só católico, a diversidade religiosa sempre existiu, mas antes ela estava oculta”, disse. Através de pesquisas do IBGE, o palestrante descobriu que os cristãos são maioria, em segundo lugar, os muçulmanos. Dentro do Cristianismo, segundo o IBGE, há um crescimento significativo de evangélicos e uma queda acentuada do Catolicismo. O professor acredita que o senso 2010 deverá apontar evangélicos como maioria em muitos lugares do Brasil, e isso, com o passar dos anos, pode gerar uma diferenciação de pensamentos na sociedade. Sylvio também constatou que o brasileiro muda muito de religião, além disso, alguns frequentam mais de uma religião.
Promoção
A palestra foi promovida pelo projeto A Cor da Cultura, uma iniciativa da Fototeca Municipal Ricardo Giovannini em parceria com o Museu da Cidade do Rio Grande e com apoio do Núcleo de Documentação da Cultura Afro-Brasileira do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Furg. O projeto tem o incentivo do Ministério da Educação e prevê uma série de ações culturais e educativas com foco na produção e veiculação de programas sobre o histórico de contribuição da população negra à sociedade brasileira.
Tatiane Fernandes
A palestra abordou questões relacionadas à diversidade religiosa como um registro da dinâmica e evolução das expressões e manifestações culturais e sociais do mundo contemporâneo.
O palestrante afirmou que a religião afeta o processo cultural e que ela é parte da civilização da humanidade. “Através das crenças, as pessoas passaram a distinguir o certo do errado, no entanto, ela não pode ser vista como uma verdade absoluta, precisa ser contextualizada”, afirmou o professor. Segundo ele, o homem religioso enxerga o mundo pelas perspectivas da sua religião, e o homem que não é religioso é abalado por acontecimentos e datas comemorativas. Sylvio também constatou que houve um tempo em que se acreditou que a religião iria desaparecer, como acontece em uma luta de classes, no entanto, a religião está na mídia o tempo todo, tanto nos conflitos, quanto nas menções de paz.
Hoje, a religião não se restringe a uma modalidade social, de acordo com o estudioso, as ciências da religião são uma variável importante na compreensão da sociedade, capaz de modificar o cotidiano. O conhecimento religioso, conforme Sylvio, estrutura o espaço geográfico e modifica o comportamento humano pelo mundo. Isso acontece porque a religião tem o poder de classificar o que é e o que não é sagrado, dando um sentido existencial às pessoas. Além da religião, a ciência, a arte, o mito e a linguagem também são partes estruturais do mundo, mais do que fatos propriamente ditos, de acordo com o palestrante.
A religião no Brasil
O pesquisador constatou que, na maioria das vezes, quem procura alguma religião está passando por alguma dificuldade, e, nesse sentido, ele disse que qualquer religião que promete a cura pode ser bem-sucedida no Brasil. Em função desse tipo de crença e também pela imigração diversificada que aconteceu no Brasil, Sylvio afirmou que há uma pluralidade religiosa no País, “o Brasil nunca foi só católico, a diversidade religiosa sempre existiu, mas antes ela estava oculta”, disse. Através de pesquisas do IBGE, o palestrante descobriu que os cristãos são maioria, em segundo lugar, os muçulmanos. Dentro do Cristianismo, segundo o IBGE, há um crescimento significativo de evangélicos e uma queda acentuada do Catolicismo. O professor acredita que o senso 2010 deverá apontar evangélicos como maioria em muitos lugares do Brasil, e isso, com o passar dos anos, pode gerar uma diferenciação de pensamentos na sociedade. Sylvio também constatou que o brasileiro muda muito de religião, além disso, alguns frequentam mais de uma religião.
Promoção
A palestra foi promovida pelo projeto A Cor da Cultura, uma iniciativa da Fototeca Municipal Ricardo Giovannini em parceria com o Museu da Cidade do Rio Grande e com apoio do Núcleo de Documentação da Cultura Afro-Brasileira do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Furg. O projeto tem o incentivo do Ministério da Educação e prevê uma série de ações culturais e educativas com foco na produção e veiculação de programas sobre o histórico de contribuição da população negra à sociedade brasileira.
Tatiane Fernandes
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