terça-feira, 15 de setembro de 2009

Não ria da desgraça dos outros

Lucas 13:1-5


Às vezes somos surpreendidos com notícias que nos chocam, tais como um acidente onde três jovens crentes, a caminho de uma confraternização, ouvindo o hino “Cidade de Deus” interpretado pela cantora Lauriete, são brutalmente colhidos por outro veículo e os três não resistem e morrem. A família que depois de incansáveis dias de trabalho tanto na igreja como no seu comércio, resolvem ir a uma “prainha”. Local discreto para descansarem. Os cinco vão para a água e felizes começam a brincar com prudência, sem exageros, e sem explicação, o caçula dos filhos, é levado pela correnteza das águas, e o passeio se transforma em um “mar de lágrimas”.

Quando somos assaltados com estas notícias pensamos: Porque Deus permite que isto aconteça? Onde estava Deus? Isso não acontece com o crente fiel! Estas indagações passam pela nossa cabeça, é muito difícil num primeiro instante exercermos o que Paulo disse “em tudo daí glória” . Acalmados os ânimos,ai sim, depois que entendendemos os objetivos dos acontecimentos glorificamos e nos confortamos.

Jesus deparou-se com este problema. Ao pregar para uma multidão – “ajuntando-se entretanto muitos milhares de pessoas, de sorte que se atropelavam uns aos outros” Lc 12:1 – “alguns que lhe falavam dos galileus” 13:1 – Estes homens se adiantam e começam a comentar com o mestre sobre uma tragédia que havia sido provocada a mando de Pilatos, quando ele mandou matar dezoito galileus que estavam oferecendo sacrifícios ao Senhor. Pilatos é o exemplo da maldade em pessoa, perseguidor da fé, mandou matar dezoito inocentes adoradores em pleno horário de sacrifício, e os “adiantados” contavam a Jesus que ele estava misturando o “sangue dos inocentes” ao sacrifício dele. Os interlocutores de Jesus estavam contando com isso não para dar a notícia da atrocidade pilatânica, e sim, para questionarem onde estava a culpa dos galileus.

Na época havia um mito de que todos os acidentes aconteciam devido ao pecado. Jesus olha para os hipócritas e por duas vezes ele ordena que eles se arrependam se não estavam fadados á morrer. –“não, eu vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis” 13:5. O mestre não comenta a morte, mas deixa claro que todos estão sujeitos a estes acontecimentos e “respondeu-lhes Jesus: Pensais vos que esses foram maiores pecadores do que todos os galileus, por terem padecido tais coisas?” 13:2 . Este grupo não tinha amontoado sobre si todos os pecados da Galiléia, mas foi vítima de um infausto, todos os outros galileus estavam sujeitos a isso.

Então, esta lição nos ensina o seguinte:

a) Não podemos ter o caráter de Pilatos;
b) Deus permite o sofrimento mesmo quando o adoramos;
c) Não devemos apontar os sofrimentos dos outro como pecado;
d) Estamos sujeitos aos mesmos problemas;
e) É necessário que haja arrependimento;
f) Se não nos arrependermos estamos sujeitos a morrer.

Na próxima vez, que eu questionar, os acontecimentos com alguém, não posso me esquecer das palavras do mestre, para que eu não caia na malha fina e seja considerado como hipócrita.

2 comentários:

  1. É verdade eu irmão...
    Como é triste a gente ouvir cristãos julgando a desgraça alheia, muitas vezes como sendo um castigo de Deus para tratar com o irmão.

    A paz!

    Cida Gomes

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  2. É facil achar defeitos nos outros. Cumprir o sermão da bem aventurança é difícil.
    É assim mesmo! Vamos continuar olhando pra Jesus, porque ele é Fiél

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