quarta-feira, 17 de outubro de 2012

União consensual cresce e casamento formal diminui


DESTAQUES

Uma série de mudanças no perfil da família brasileira tem sido registrada nas últimas décadas e se confirma no Censo 2010 do IBGE. A proporção de casais que vivem em união consensual teve grande aumento na década, enquanto o porcentual dos que são casados formalmente teve queda significativa. Os casamentos informais são crescentes inclusive na população que se diz católica, embora a Igreja reprove esse tipo de união conjugal.
A proporção de pessoas que vivem em união consensual passou de 28,6% em 2000 para 36,4%. O porcentual de casados no civil e no religioso caiu de 49,4% para 42,9%. Praticamente não houve mudança na proporção dos que têm apenas casamento civil, que passou de 17,5% em 2000 para 17,2% em 2010. Os casados apenas no religioso caíram de 4,4% para 3,4%.
Entre os católicos que vivem em união conjugal, 37,5% estão em união consensual. A proporção dos casados é maior: 44,7% se uniram em cerimônias civil e religiosa. Houve um aumento significativo em relação a 2000, quando 28,7% dos católicos que viviam com cônjuges tinham uniões informais e 51,8% eram casados no civil e no religioso.
Entre os evangélicos que têm cônjuges, 26,5% vivem em união consensual. Os sem religião são os que mais abriram mão da certidão de casamento: 60% dos que têm união conjugal vivem em união consensual e apenas 18,4% são casados no civil e no religioso. A união consensual é mais frequente entre os mais jovens e de renda mais baixa.
Divórcio
Com a mudança nas exigências para o divórcio, que se tornou menos burocrático, a proporção de divorciados quase dobrou em dez anos. Em 2000, 1,7% da população brasileira era divorciada, porcentual que subiu para 3,1% em 2010. Os casados caíram de 37% para 34,8%. Entre as mudanças, foi reduzido o tempo de separação antes do divórcio, foi eliminada a audiência de reconciliação e os casais sem filhos passaram a fazer o divórcio diretamente no cartório.

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