Entrevista com o pastor Ronaldo Fonseca

O presidente do Conselho Político da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil pastor Ronaldo Fonseca (DF), concedeu entrevista ao Repórter Juarez Lima e falou sobre a estrutura do Partido Republicano Cristão - PRC – que está sendo estruturado em todo o Brasil com direção dos membros da igreja. Campinas já indicou o diretório executivo municipal.

Como estão os trabalhos para a formação do PRC?
Nós estamos organizando o PRC no Brasil todo, e em Campinas o pastor Paulo Freire que é participante e membro do diretório nacional e um dos idealizadores do partido, está realmente saindo na frente nessa organização. Em Brasília nós já temos, estamos organizando em vários estados do Brasil.Em Campinas, eu quero parabenizá-los, vocês estão engajados neste projeto. Eu disse ao pastor Paulo Freire, exatamente assim: Se nós criarmos os diretórios municipais e o diretório estadual, nós vamos dar solidez para o partido, aí essas pessoas vão ter interesse em construir o partido.O partido está sendo construído e, para construir temos que começar com esses diretórios e a executiva provisória também, pra que as pessoas interessadas neste assunto político entre nós, entre os membros da igreja, são esses que vão dar andamento ao projeto.

O senhor falou em construção do partido. Qual a ideologia deste partido?
O nosso partido é republicano. Nós já buscamos esta ideologia republicana. Nós estamos na nova república, e trabalhamos com esse ideal de república . A ideologia do partido, se você pegar pelo programa partidário nosso, verá que buscamos construir um partido ligado exatamente a esta república. Numa posição política mais conservadora, não tão liberal como estamos vendo hoje. O PRC por exemplo tem um diferencial, é o único partido em todo o Brasil que na sua constituição, o seu estatuto reza no seu programa partidário que as pessoas que estão respondendo a processo criminal transitado e recursado, se condenado, mesmo na sentença , não pode fazer parte do partido.

Poderemos ter candidatos não evangélicos ou não assembleianos?
Claro que podemos, o partido é idealizado por nós, mas não é um partido fechado. Nem podemos fazer isso, porque, isso seria um contracenso pro partido. O partido é pro Brasil, obviamente, que o comando do partido sempre estará nas mãos de quem o criou, que é uma ideologia cristã.Agora, queremos pessoas envolvidas com política em todos os segmentos da sociedade.
A convenção estadual em São Paulo (Confradesp) já escolheu seus candidatos a deputado federal, estadual e teremos também a indicação para a primeira suplência de um senador. Em outros estados também está acontecendo esta composição?
Agora, estamos nesta fase de pré-candidatura, então todos os estados estão se mobilizando. Em São Paulo vocês estão se antecipando, mas este é o tempo é a hora, realmente, de indicar pré-candidatos e, vocês já definiram os nomes . Dois nomes para estadual e uma para federal. Com certeza vai eleger os três.

Qual a meta do Conselho Político em termos de representantes?
Nós estamos trabalhando com uma meta para eleger 20 deputados federais no Brasil. O partido depende muito do deputado federal. O que faz o partido ter visibilidade política é o deputado federal, embora o vereador seja importante na base, e o deputado estadual também.
Já existe estados em que você estão confiantes nas eleições dos representantes?
O Brasil todo está mobilizado. É interessante, quando a gente fala que vai ter um partido ligado a nossa igreja, com a base da nossa igreja, as pessoas ficam empolgadas, quem mexe com política no Brasil sabe, o quanto os partidos políticos são ditatoriais. Por isso é interessante nós termos o nosso partido, um partido que fala a nossa linguagem, que tem a nossa cara, que fala a nossa mensagem, então, estamos tendo apoio no Brasil todo, já temos muitos pré-candidatos, agora estamos nesta fase de organização. Só precisamos arregaçar as mangas e trabalhar.

Como a igreja vê essa atuação política?
A liderança vê com bons olhos. A igreja, no sentido de membresia, ela é reflexo da sociedade e, no Brasil, quando o assunto é política, a sociedade, hoje, está escaldada, a sociedade está ferida com a qualidade de políticos que nós temos. Então a igreja reflete a realidade da sociedade. Nós temos muitos membros da igreja que apóiam a idéia, mas uma boa parte é apolítica. No Brasil as pessoas hoje não estão acreditando mais na política. E criar um partido dentro de uma base evangélica é um desafio enorme, mas a liderança está apoiando, são pessoas visionárias, são pessoas que enxergam lá na frente e estão dando total apoio