sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Arrependimento, Vergonha e Confissão


Na verdade que, depois que me converti, tive arrependimento; e, depois que me conheci, bati na minha coxa; sim, envergonhei-me, porque suportei o opróbrio da minha mocidade”. Jeremias 31: 19

A Bíblia apresenta 89 registros de Efraim no Antigo Testamento e apenas um no livro de João, no Novo Testamento. Destas 89 incursões, muitas são referentes às regiões montanhosas de Efraim, numa alusão à geografia, o restante é condenando a atitude desse filho de José e Asenate, neto do sacerdote de Om, que procedera infielmente contra o Senhor, como vemos nos registros de Josué 10, que após os filhos de Israel terem pecado, abandonado e trocado a Deus pelos baalins, os amonitas pelejam contra Judá, Benjamim e Efraim.

Há vários outros registros de que apenas Efraim está sendo assolado, inclusive pelos seus próprios irmãos. Tal é a arrogância do caçula de José, que no momento de receber a benção do seu avô, teve a grata surpresa de ver a mão direita dele sobre a sua cabeça o abençoando e prometendo que ele seria uma grande nação, fato este que é confirmado quando Deus mandou Moisés colocar os exércitos com seus escudos e insígnias defronte da tenda da revelação. Efraim apresentou um exército com cento e oito mil e cem soldados, bem maior que o número de Policiais Militares do estado de São Paulo, um senhor exército!

Mas a meditação de hoje é sobre conversão, arrependimento, instrução, confusão e vergonha. O profeta Jeremias mostra-nos os passos para sermos abençoados.

Desvio e Conversão – Efraim diz que estava desviado. Suas atitudes eram de quem estava distanciado de Deus. Muitas citações bíblicas citam este comportamento dele. Mas havia uma esperança. Enquanto há vida, há esperança. Mesmo desviado ele ainda tinha condições de mudar este quadro dando o seu primeiro passo rumo á vitória.

Arrependimento - No grego a palavra “metanóia” quer dizer converter para a salvação - o mesmo termo no hebraíco é “shuv”– É isso que ele está fazendo: andou desviado e agora se converte. Quando há conversão, há arrependimento. Arrependimento não é remorso; ele brota da alma com sinderidade, espontaneidade e equilíbrio.

Instrução – Todo desviado quando retorna à casa do pai, precisa ser instruído. Ser chamado a atenção é o que de menos ele quer. Ele já está todo doído e agora, não é hora de apanhar e, sim, de aprender. A instrução leva o homem a conhecer seus erros. É ela quem abre a mente do ser humano para o auto-conhecimento. Nem todos querem ser instruídos, pois quando ensinado, chega-se aos primeiros passos. A instrução tem um processo de confusão. Quando você está sendo instruído, fica sem saber direito onde seu professor quer chegar e, mantém seus olhos fitos até que essa confusão seja dissipada. Daí, você dá aquela batida na coxa, dizendo: Ah! Agora sim, eu entendi e, isso te leva ao próximo passo.

Vergonha – Ao ser esclarecido, você sente vergonha de tudo que fez. Nada fica em oculto e, quando o seu pecado é revelado, você se sente envergonhado. O filho pródigo tinha vergonha de seu pai. Quando nasce a vergonha, consideramos que realmente houve arrependimento sincero. É diferente do “não tô nem aí”: erra hoje, erra amanhã. Lembro-me que, quando jovem, duas garotas que cantavam no nosso grupo, sempre que íamos participar da santa ceia, ela pediam perdão; como se fosse um ritual, não tinham vergonha - era rotina.

Depois que o Espírito Santo convence, arrependemos e sentimos vergonha pelos erros cometidos contra Ele.

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