quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Pastor é investigado por abusar da neta



Rodrigo Lima


Editoria de arte
Abusos aconteciam quando a criança visitava os avós e ficava na sala com o pastor para jogar videogame
A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) investiga suposto crime de estupro envolvendo o pastor evangélico D.G., de Rio Preto. Ele é acusado de ter abusado sexualmente da neta de 11 anos de idade. O caso é investigado desde outubro pela delegada Margarete Franco, e corre sob sigilo.

De acordo com o boletim de ocorrência, os abusos aconteciam quando a criança visitava os avós e ficava na sala com o pastor para jogar videogame. A cada vez que ela vencia o jogo, o pastor lhe dava dinheiro e colocava a mão nas suas partes íntimas, dizendo que “estava fazendo carinho.” Nestas ocasiões, geralmente a avó estava na cozinha. Mas, quando ela se aproximava, a neta era empurrada pelo avô.

A criança detalhou os abusos para familiares e os tios decidiram denunciar o caso à polícia, já que os pais da menina seriam separados. O pai da vítima estaria trabalhando fora do País quando foi informado da suspeita de estupro.

O tio da vítima, que não quis se identificar, notou mudança no comportamento da menina. “Ela se mostrou depressiva e irritada. Ficamos indignados quando ela contou o que o avô fazia. A indignação é grande”, disse. “Quando decidimos denunciar o caso à polícia, o pastor pediu desculpas, dizendo que estava arrependido.” Segundo o tio, D.V. não é avô de sangue da vítima.

A delegada informou que o pastor deverá ser chamado para depor nos próximos dias. “Esse caso está sendo investigado, mas não posso passar nenhum tipo de informação porque tudo é sigiloso. Envolve menor”, afirmou. A assessoria de imprensa da igreja informou à reportagem que a instituição tem conhecimento da acusação contra D.G., mas prefere não se pronunciar sobre o caso.

O pastor foi procurado pelo Diário e não quis se manifestar sobre a acusação. “Fale com o meu advogado”, disse. O advogado dele afirmou que até o momento não foi notificado, oficialmente, da existência da investigação em curso na DDM. “Ele (pastor) não foi chamado para prestar depoimento. Sei apenas que D. não faz mais parte da igreja. Não sei se foi por conta disso.”

Há cerca de duas semanas, o pastor entregou uma carta para ser lida em sua igreja na presença dos fiéis. No documento, ele pede o seu desligamento alegando “motivos pessoais.” Caso a investigação comprove o crime, o pastor poderá ser indiciado com base no artigo 217-A do Código Penal. É crime de estupro de vulnerável ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos. A pena é de reclusão de de oito a 15 anos.


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