segunda-feira, 19 de julho de 2010

Marina refuta preconceitos contra sua religião

Fonte: Correio Braziliense


Publicação: 16/07/2010 08:31 Atualização: 16/07/2010 08:31

São Paulo – A senadora licenciada e candidata à Presidência da República Marina Silva (PV) reconheceu, ontem, em sabatina para uma rede de TV, que sente um “estranhamento” das pessoas em relação a sua religião. Marina é evangélica e ao longo de todo o programa teve de enfrentar questões sobre temas polêmicos, como a descriminalização das drogas, aborto e o casamento gay.

“Sinto um certo estranhamento das pessoas. Seria hipócrita se dissesse que não tenho sentido isso nesse processo. Eu, que sempre combati o preconceito contra as pessoas”, disse, respondendo a uma pessoa da plateia que perguntou se a senadora enfrentava problemas em sua campanha por ser evangélica. A senadora lembrou ainda que o Brasil é um estado laico e afirmou que, em sua avaliação, um presidente precisa respeitar essa característica. Segundo dados do Instituto Datafolha, os evangélicos são detentores de um quarto do eleitorado brasileiro, contra 61% dos católicos.

Marina voltou a afirmar que é contra o casamento gay, mas a favor da união estável entre pessoas do mesmo sexo. Quanto à adoção por casais homossexuais, Marina afirmou que é favorável ao que os técnicos decidirem, sempre em prol da criança. “Eu não faço aquele jogo de ir às igrejas e dizer uma coisa e ir às comunidades gays e dizer outra”, defendeu. A senadora também reiterou sua posição contrária em relação a aborto e à descriminalização das drogas.

A prática religiosa com o uso de alucinógenos, como o Santo Daime, muito comum na Região Amazônica, em estados como o Acre, onde nasceu a senadora, também foi tema da sabatina. “É uma prática religiosa. Tirada do contexto, pode criar problemas”, avaliou Marina.

Agronegócio
Outra questão colocada em xeque foi o fato de a senadora, forte representante dos ambientalistas, caso eleita, vir a enfrentar a resistência da bancada ruralista no Congresso, uma fatia grande de parlamentares, o que poderia refletir na governabilidade. “Acho que a gente não pode generalizar os agricultores brasileiros como se fossem uma única coisa. Eu quero tratá-los com respeito e chamá-los para o diálogo.” Segundo a candidata, a educação será uma prioridade em seu governo, caso vença a corrida às urnas nas próximas eleições.
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