quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

MORRE PRESIDENTE DA AD DA PENHA


José Santos era sogro de Silas Malafaia. Causas não foram divulgadas

Por: Redação Creio

Morreu às 6h50 da manhã desta quarta-feira, dia 03 de fevereiro, o presidente da Assembléia de Deus da Penha, no Rio de Janeiro, pastor José Santos. Ele era sogro do vice-presidente da igreja, pastor Silas Malafaia. O velório acontecerá no templo da igreja a partir das 17h e o velório está marcado para as 9h no Cemitério Jardim da Saudade. As causas da morte não foram divulgadas.A notícia foi dada pelo portal Creio e a Rede Brasil Cristã.

José Santos estava internado há alguns dias devido problemas de saúde.

BIOGRAFIA: Corria o ano de 1927. O cenário era a pequena cidade de Baltazar. Era precisamente o dia 30 de abril, o dia em que nasceria o filho do funcionário público Claudionor Santos e de Sebastiana Pereira dos Santos. No cartório registrava-se o nome do menino: JOSÉ SANTOS. De infância pobre, teve desde então os cuidados de sua prima-irmã, Celina, que cuidou dele em virtude do precoce falecimento de sua mãe.

Dos tempos de garoto guardou boas recordações: das partidas de futebol, dos campinhos de várzea, dos banhos no rio que passava nos fundos de sua casa, e dos inúmeros amigos que angariou nos tempos de sala de aula no grupo escolar Teófilo de Melo. Amizades que, com orgulho, cultiva até os dias de hoje.

Na adolescência, começou a forjar o seu caráter com o trabalho duro na roça. Época de dificuldades onde procurava esquecer-se das horas dedicadas na árdua labuta preenchendo o tempo vago brincando nas festas populares e dançando nos animados bailes do “Tangerina”; local dos eventos sociais da cidade.

Já moço formado, trabalhou como “guarda-chaves” da antiga estação de ferro Leopoldina em Santo Antonio de Pádua onde, pensava ele, poderia chegar a ter um futuro tranqüilo como funcionário público. Não sabia o jovem rapaz que Deus o chamava não para “guardar chaves”, mas para abrir portas, para a pregação das Boas-Novas do reino de Deus onde quer que o Senhor o envie.

Era então o ano de 1948. Num culto realizado na casa de sua futura esposa irmã Maria Leal, José Santos creu em Jesus Cristo. Os amigos não acreditavam que, justamente ele, o animador das festas, o puxador da folia de reis, o amigo dos bares e da bebida fosse realmente levar esse caso de “virar crente” a sério. Fizeram apostas que ele não resistiria aos apelos da farra e da boêmia. Felizmente perderam. Na noite de 03 de novembro daquele ano o jovem José Santos depositava o pesado fardo de sua existência aos pés do Senhor Jesus. Nascia ali, um novo homem. A entrega foi total: no dia 13 de novembro de 1948 recebe o batismo no Espírito Santo. Não tardaria e no dia 02 de janeiro do ano seguinte, passaria pelas águas e tornar-se-ia membro da Igreja.

Entusiasmado com o calor espiritual dos que ali se reuniam para cultuar a Deus, o jovem José deixou-se envolver pelo trabalho do mestre. Os anos que se seguiram foram empregados na busca incansável dos meios, os melhores que fossem, de agradar a Cristo. Era preciso servi-lo com toda a integridade de coração e amplitude de espírito.

Em 29 de julho de 1950 o jovem José Santos une-se através dos sagrados laços matrimoniais a irmã Maria Leal, a bela flor que ele colheu na juventude e que no outono da vida permanece ao seu lado, dando testemunho de uma vida de dedicação e amor que teima em desabrochar por quase meio século.

Ainda nesta época, apoiado por sua esposa, passa a empregar sua vida no estudo e pregação da Palavra de Deus. Eram necessárias bases sólidas para a construção do grande edifício espiritual que iria surgir de suas mãos. Aonde o jovem crente chegava dava seu testemunho, e assim, pela intensidade de vezes que subiu ao púlpito e pregou em praças públicas, sua mensagem foi pouco a pouco se delineando, tomando feições amplas, tanto pelo conhecimento que adquiria, como pelo amor as almas e o evidente toque do Espírito.

O Ministério deste homem de Deus cresceu, se espraiou, ganhou ares nas pequenas cidades de Baltazar, Aperibé e Itaocara onde trabalhava como pregador itinerante e auxiliava as igrejas locais.

No mês de março de 1953 foi consagrado ao pastorado e comissionado pela Igreja de São Cristóvão a dirigir o trabalho missionário na cidade de Carangola.

Quem o observasse, talvez o confundisse com alguns dos inúmeros jovens que começavam a se envolver com o evangelho do reino sequioso de aventuras e de progresso. Aquele rapaz, no entanto, era diferente; entregara-se ao trabalho de levar a mensagem do evangelho pelo simples fato de crer que Deus o chamava para realizar um grande trabalho que envolveria toda sua vida.

Na cidade de Carangola o jovem Pastor permaneceu por 11 anos pastoreando a igreja e abrindo trabalhos em cidades vizinhas como Tombos, Pirapetinga e Divino de Carangola. Ali, juntamente com sua companheira, irmã Maria Leal Santos gastou o melhor de sua vida: seu amor, suas forças, seus talentos, seu ministério, alicerçando as estruturas das Assembléias de Deus naquela região numa época em que a perseguição contra os evangélicos no Brasil era muito severa.
Após este período, transferiu-se para a Igreja de Valença onde permaneceu por 01 ano e 03 meses. Em 1963, atendendo indicação da liderança de sua igreja, aceitou o convite para pastorear a Assembléia de Deus na Penha, na época congregação de São Cristóvão. O rebanho na Penha precisava de um Pastor. A igreja passava por um momento difícil e alguns pequenos grupos pensavam em dividir o trabalho. Sim, era preciso de alguém que pudesse “cuidar das feridas”, darem lenitivo aos cansados e unir um povo que estava vivendo sob a égide da divisão. A Igreja da Penha precisava de um pacificador.

No endereço da Rua Honório Bicalho, nº 88, o Pr. José Santos seguiu uma trajetória retilínea por 33 anos. Neste período a igreja experimentou um franco crescimento; multiplicando o número de seus membros, implantando congregações e espalhando seu raio de ação pelas regiões vizinhas. Além disso, seu trabalho era reconhecido pelas principais lideranças das Assembléias de Deus e o rapaz vindo da pequena cidade de Baltazar ocupava, cada vez mais, lugar de destaque no cenário do Movimento Pentecostal no Rio de Janeiro, exercendo importantes cargos na Convenção do Estado.

Difícil é falar da vida de um homem como José Santos. Se fôssemos falar dele através de números, verificaríamos a grandiosidade de seu ministério e de sua vida como um todo:

• Mais de 60 anos de crente,
• Mais de 50 anos de ministério,
• 59 anos de casado,
• 11 filhos, todos no caminho do Senhor,
• Inúmeras cerimônias de casamento oficializadas,
• Inúmeros crentes batizados pelas suas mãos.

Post Original:http://www.creio.com.br/2008/noticias01.asp?noticia=7513


Um comentário:

  1. O Brasil Assembleiano está de luto. Porém, nossa esperança é de que um dia estaremos juntos na glória.

    que os que darão continuidade ao que ele começou possam dar bons frutos na propagação do evangelho genuíno.

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