segunda-feira, 18 de março de 2013

'Nossa atuação é política, não religiosa', diz deputado


Veja matéria na íntegra do Estadão

18 de março de 2013 
O Estado de S.Paulo
Em entrevista ao Estado, o coordenador da Frente Parlamentar Evangélica, deputado João Campos (PSDB-GO), disse que o grupo tem procurado concentrar as atenções em temas que considera prioritários e ampliar o leque de alianças.
Qual o critério que a frente usa para atuar nas comissões?
Elencamos os temas que consideramos prioritários e damos atenção especial a eles nas comissões. Nossas prioridades envolvem questões éticas, valores, aborto, família, direitos civis, drogas. Temos um grupo especialmente dedicado à questão das drogas, um assunto que nos sensibiliza muito e para o qual as igrejas evangélicas têm ofertado uma grande contribuição. Estamos trabalhando para aprovar nos próximos dias um projeto nessa área.
O Conselho Federal de Psicologia está criticando o projeto.
Eu respeito o conselho, mas temos divergências em muitos pontos. O relatório que o conselho produziu no ano passado sobre as casas de recuperação e as comunidades terapêuticas de natureza confessional era absurdo. com viés muito claro contra essas instituições. O relatório desaprovou e condenou instituições reconhecidas pela sociedade.
Como tem sido a articulação com outros grupos religiosos?
Nossa atuação no parlamento é política, não religiosa. O importante é formar maioria e, quando se trata de temas como a defesa da vida, nos articulamos e atuamos junto com outros grupos. Nesse tema da defesa da vida, temos a mesma posição que a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e os espíritas e sempre atuamos juntos.
Evangélicos e ruralistas se uniram para conter reivindicações de indígenas e quilombolas?
Nunca houve conversa com a frente ruralista. Alguém plantou essa ideia com o objetivo de descaracterizar nossa luta.
O sr. acha que Marco Feliciano deve continuar na presidência da Comissão de Direitos Humanos?
Deve. A eleição dele é um ganho para o Brasil. A partir de agora a comissão deixa de discutir direitos humanos apenas da perspectiva do PT, que sempre dominou a comissão. Os evangélicos também são uma minoria. / R.A. e B.B.

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