Ex-governador fechou
acordo ontem com representante da Convenção Geral, maior tronco institucional
dessa igreja
Daniela Lima
De São Paulo
Pré – candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, o ex-
governador José Serra conseguiu ontem o apoio da Convenção Geral das Assembleia
de Deus no Brasil, maior tronco institucional dessa denominação no país, à sua
campanha na eleição municipal.
O acordo foi selado no escritório político de Serra, após
reunião do ex-governador com o deputado federal Paulo Freire (PR-SP).
Membro da bancada evangélica na Câmara, Freire é filho do
pastor José Wellington Bezerra da Costa, presidente nacional da convenção,
espécie de instituição que coordena a organização de diversas igrejas da
Assembléia em todo o Brasil. O pastor
apoiou Serra na Campanha à Presidência, em 2010.
Naquele ano, o presidente do segundo maior ramo da
Assembleia, a Convenção Nacional de
Madureira das Assembléias de Deus, pastor Manoel ferreira, participou da
campanha de Dilma.
A Assembléia de Deus é a maior denominação evangélica
pentecostal do país. O Censo 2000 apontou 8,7 milhões de fiéis, mas a igreja
calcula que sejam 20 milhões.
Ao fim da reunião, Paulo Freire chamou Serra de “grande
amigo da Assembléia” – “ele sempre deu uma atenção muito boa à igreja” – e atacou
o principal adversário do tucano nessas eleições, o petista Fernando Haddad.
Ex-ministro da Educação, Haddad é alvo de críticas dos
evangélicos por conta do chamado “Kit-gay”, elaborado durante sua gestão no
ministério, mas que não chegou a ser distribuído nas escolas.
“O Haddad não tem firmeza no que fala. Em uma reunião com a
bancada dos evangélicos, ele colocou que não tinha nada fechado sobre o “kit
gay”. Saiu e disso o contrário para a imprensa. Se não fosse a intervenção da
presidente Dilma, tínhamos perdido essa”, afirmou Freire.
Lição da Casa
A aproximação de Serra com os líderes da Assembleia começo
semana passada. Na ocasião, o ex-governador e prefeito Gilberto Kassab (PSD)
foram a uma reunião na casa da vereadora Marta Costa (PSD), também filha do
pastor José Wellington, com cerca de 150 líderes da Assembleia em São Paulo.
“Tenho duas lições de casa: atrair mais denominações para a
campanha do Serra e amadurecer com o PR daqui uma aliança com ele”, disse
Freire ao fim do encontro.
Além do PR, Serra corteja o PV, o PPS, OSB e o DEM. Ele já
conta com o PP, do deputado Paulo Maluf.
Das siglas que ainda estão em negociação, o PV deverá ser a primeira a
oficializar aliança.
Fonte: Folha de SP
Fonte: Folha de SP
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