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O dinheiro teria sido usado para a administração de creches. Porém, de acordo com a Prefeitura, a associação não apresentou prestações de contas referente aos recursos financeiros que recebeu do município. Os pedidos para o bloqueio das contas bancárias e de penhora foram feitos pela Procuradoria Geral da Prefeitura. A Justiça já bloqueou R$ 21 mil de contas bancárias do pastor Carlos Roberto da Silva, que aparece como “conselheiro” da Associação do Evangelho Quadrangular no estatuto da entidade. Além do dinheiro, a Prefeitura indicou para penhora carros do pastor e de sua mulher, Corina, também “conselheira” da associação. O juiz acatou o pedido e deferiu a penhora dos veículos. |
De acordo com indicação da Prefeitura na ação judicial, a sede da associação funciona no mesmo endereço da Igreja do Evangelho Quadrangular, no bairro Boa Vista, que é comandada pelo pastor Carlos Roberto da Silva. O advogado do pastor, José Alberto Mazza de Lima, que também atua como advogado da Igreja do Evangelho Quadrangular, negou ligação entre a igreja e a associação. “São duas instituições distintas”, disse. Sobre o bloqueio do dinheiro e penhora de bens, Mazza de Lima apontou “equívoco” da Justiça. “Eles (o pastor e a mulher) são apenas conselheiros da associação, sem poder de mando, de gestão”, afirmou o advogado ao comentar a decisão do juiz. Dos R$ 21 mil penhorados, Mazza de Lima conseguiu a liberação de R$ 5 mil, que segundo o advogado foram bloqueados de uma conta salário que o pastor utiliza para receber aposentadoria. O advogado também tentou liberar os R$ 16 mil restantes, mas teve o pedido indeferido pelo juiz. Mazza de Lima disse que tentará, por meio de recurso no Tribunal de Justiça, impedir a penhora dos carros do pastor. | |
"Laranja" | |
O presidente da Associação do Evangelho Quadrangular, Clóvis Roberto de Jesus, disse que foi usado como “laranja” pelo pastor Carlos Roberto da Silva. “Me puseram como presidente dessa porcaria aí. Usaram meu nome. Isso é coisa da igreja e o pastor usou meu nome. Infelizmente está meu nome na frente disso aí. Mas está na mão da Justiça e está sendo tudo apurado”, disse. Questionado sobre qual pastor teria usado seu nome, Jesus declarou: “É o pastor da Igreja Quadrangular da rua João Mesquita da Silva, pastor Carlos Roberto da Silva”. Ele continuou: “Essa associação era das creches das filhas dele (do pastor). Era tudo em nome e endereço da igreja. Me fizeram uma baita sacanagem e estou respondendo por isso”. Jesus disse que deixou a Igreja do Evangelho Quadrangular e que nunca visitou as creches da associação. O advogado José Alberto Mazza de Lima rebateu as declarações de Jesus. “Como conselheiro, meu cliente (Carlos Roberto de Jesus) poderia até fazer recomendações ao presidente, mas era a diretoria que tomava as decisões”, disse. Alcides Camacho, secretário da associação não quis comentar o caso. Os diretores Sebastião da Costa Pina Neto, Francisco Carlos da Silva Bento, Pedro Hernandes Neto e Antonio Arnaldo Caldas Zuim e a conselheira Izilda de Fátima Rodrigues não foram localizados para comentar a ação judicial. | |
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